terça-feira, 27 de outubro de 2015

Livros viajantes: Rani

Olá!



Esse livrinho eu ganhei  na bienal do livro (obrigada! :*) e realizei a leitura agora em razão de ter sido a leitura do mês no grupo "Livro viajante".



O título do livro é o nome da protagonista Rani, habitante de uma cidade pequena, que gosta de rock finlandês  e que vive o tédio da adolescência com todos os dramas e hipérboles adolescentes possíveis - além do humor  negro.

A Rani é uma menina "excluída" que conseguiu encontrar seu lugar ao se enturmar com "os animais de festa" que são vampiros, lobisomem e até mesmo o filho de satã xD

Bom, infelizmente eu não gostei muito desse livro e a principal razão foi o fato do desenvolver da história ter sido 100% previsível desde os primeiros capítulos. Além disso me incomodou bastante a sensação de plágio em diversos aspectos da história. EU SEI que normalmente as histórias de fantasia se parecem mas em várias passagens do livro me sinto lendo Harry Potter ou Crepúsculo :p

Talvez esses aspectos passem despercebido para a maioria dos leitores, principalmente se mais jovens (que eu acredito que seja o foco do livro), mas para o tipo de leitora ávida que eu sou por livros do gênero, me senti bem chateada de ver "ideias roubadas".

Deve-se levar em consideração, também, que eu leio muitos livros  mesmo e, por isso, acabo me tornando muito exigente com a questão da "originalidade". Simplesmente a "falta de" me incomoda bastante principalmente pela abertura que existe para criações dentro do universo fantástico. Ficar na mesmice me dá a sensação de preguiça.. sei lá.

Enfim, afora os clichês, outra coisa que me deixou meio confusa é o fato de que a Rani e a Marina me parecem as adolescentes da minha adolescência (+ de 10 anos atras) e não com os adolescentes de agora.  Imagino que o autor possa ter começado a elaborar o trabalho naquela época mas esse aspecto me deixou levemente preocupada pq a ênfase em certas coisas (como animes e mangás da minha adolescência) e que geram reconhecimento para mim  - que não sou o público do alvo - pode passar despercebido pelo publico alvo - adolescentes de agora. [ apenas suposições, claro!]

Agora, preciso falar sobre a Rani:  ela é a  personagem mais sem graça da história! Mas essa não é, aparentemente uma "falha" do Autor. Pelo que eu li parece ser uma tendência comum a construção de protagonistas que seguem essa mesma linha de "construção, isto é, a mina é super previsível (até quando era para parecer que não era xD) tornando os outros personagens mais interessantes - diversas vezes me peguei querendo que parassem de falar da Rani e falassem do Fred ou Tales. 
A quem interesse: Mary Sue é o nome utilizado para esse tipo de personagem "previsível" e enfadonho. Sobre isso: https://en.wikipedia.org/wiki/Mary_Sue 

Agora, acabando a parte chata, alguns aspectos positivos no livro foi a preocupação com a escolha do trecho de uma música para abrir cada capítulo. Deve ter dado trabalho e deu um carinho ao trabalho ^^

O que mais gostei no livro foram 2 capítulos em particular: o capítulo em que a conversa entre Rani e Marina é descrito como uma tragédia grega xD e o capítulo que Rani e os animais de festa vão para uma realidade paralela em que Amazonas montam dinossauros *.* (isso, dinossaurosssss!!)

No mais, recomendo a leitura para um público pré-adolescente/adolescente. Acho que a linguagem facil, o tipo de história e os temas desenvolvidos acabam sendo mais direcionados para esses leitores que estão passando pelo mesmo tipo de "angústia adolescente" que a protagonista ^^.

Para encerrar, eu espero que os cometários aqui listados não sejam tidos como desmotivadores de qualquer forma. As pontuações devem ser analisadas com vistas a evitar incorrer nesse tipo de erro.

O autor, Jim Anotsu, é brasileiro e já publicou outros dois livro: "A morte é legal" e "Annabel e Sarah". Pretendo ler esses outros dois no ano que vem e eles também serão comentados aqui ;) 


Até!

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