quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Livros: Cemitério de Dragões - volume 1

Olá!


E é com muita empolgação que venho falar de mais um autor brasileiro com uma boa obra publicada.

Apesar de conhecido pela série Dragões de Eter, eu nunca havia lido nenhum escrito do autor brasileiro Raphael Draccon e preciso dizer que temos mais um possível futuro queridinho. Começo o post para parabenizar o autor pela criatividade e coerência da realidade de ficção cientifica + fantasia que ficou bem legal.

A partir de agora vou falar do livro.

Primeiramente eu estava desanimada (admito) porque o inicio de livro que soma realidade fantática + diversidade de personagens realmente torna demorado o vínculo entre leitor e história (vide livro 1 de Game of Thrones que eu NUNCA sabia quem era o Tywin e o Tyrion e trocava tudo as vezes ^^'')

Outra coisa que me incomodou por um tempo são os personagens Daniel e Romain por terem personalidades diversas do esperado diante das suas nacionalidades BUT no final das contas eu gostei muito da construção dos personagens dessa forma porque desconstrói o esteriotipo pré-fixado que a gente vende e, além disso, mostra a diversidade de personalidades que as pessoas podem ter INDEPENDENTE da nacionalidade. Por isso, meus aplausos (altos) para o autor por enfrentar o modelo pré-fabricado e dar uma pitada de realidade para esses personagens.

Mas sobre a história: só engatei de verdade após as 50 primeiras páginas. Infelizmente isso pode desanimar muitos leitores mas eu realmente, até então, não tinha muito animo para ler. Eu terminava um capitulo, quase começando a criar um personagem na minha cabeça, e no seguinte era uma outra história com outros personagens. Aí eu fechava o livro e ia dormir.

É algo meu. Eu leio antes de dormir e somente insisto em mais de um capitulo de leitura se o livro estiver muito bom ou aguçado minha curiosidade para o próximo capitulo. Se isso não ocorre... eu amargo 2 semanas para matar 50 e poucas páginas (como aconteceu).

E é engraçado mas a mesma coisa aconteceu com um livro que eu ADORO - Batalha do Apocalipse/Eduardo Spohr, outro livro brasileiro - e a consequência em ambos os casos é a mesma: depois que a históra "pegou no tranco" minha atenção e curiosidade ficaram aguçados e deixar de continuar a ler o livro era aquela minitortura diária de "você precisa ir dormir".

Eu gostei muito mesmo do livro e estou ansiosa para ler o volume 2.

Como crítica, que preciso fazer, é sobre o relacionamento mega ultra super intenso saído do nada da Ashanti com o Mihos - amor eterno e sofrido sem qualquer boa razão afora "amor a primeira vista". Sei lá.. me incomodou um pouco e ficou chato (bem chato) no final. A personagem Ashanti que é mega interessante sozinha perdeu muito do brilho no final da história por parecer ser apenas uma apaixonada sem foco (algo que me parece meio desconexo do histórico inicialmente apresentado de menina rejeitada por ser filha de estupro... mas tudo bem).

Outra coisa que me incomodou foi a falta de explicação ou explicação insuficiente sobre os dragões em si ( porque eles só aparecem como criaturas mortas vivas/ restos mortais reutilizados para outros fins).

Por fim, e outra reclamação que pode vir a ser sanada nos próximos livros, é sobre a total previsibilidade dessa noite da serpente para o Asteroph e a informação de que ele sabia de tudo e da avalanche de informações sobre com quem a demônio-bruxa transou para conseguir alianças e bla bla bla. Me pareceu uma tentativa de surpreender o leitor que ficou bem ruim. Bem ruim mesmo. Que bom que as partes de porrada e ação me fizeram ignorar essa situação toda como se ela não tivesse acontecido xD

Conclusão: bom livro, tem suas falhas (ou pelo menos coisas que eu não gostei) e eu RECOMENDO ele (não só recomendo como estou ávida pelo volume 2 hehe).

Até!!

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Viagem: Buenos Aires

Olá!!


Resolvemos de ultima hora fazer um passeio em terras hermanas xD Fizemos uma viagem consistindo em 3 dias em Buenos Aires e 5 dias em Bariloche, sendo que este post falará sobre o que pretendiamos fazer e efetivamente fizemos he he

Primeiramente,


Sim, até em terras argentinas o manifesto esta na rua. Nós chegamos no sabado de manhã mas na sexta tinha acontecido uma manifestação em frente a Casa Rosada. Não aprovo pichações mas essa em particular eu curti xD Fiquei satisfeita de ver o repúdio ao atual governo (sujo demais comprovadamente para se manter no poder) pelas pessoas de outra nação.

Enfim, voltando ao que interessa. Buenos Aires não é mais o paraíso das compras como antigamente. Quando fui em 2012 com a minha mãe o câmbio era parecido (1 real = 5 pesos) mas os preços de comida/produtos eram melhores. Agora, o melhor câmbio que conseguimos foi 1 real = 4,30 pesos mas o câmbio oficial era 3,90.

Procurei uma boa foto e.. não achei. Que pessoa chata que eu era (cara de cu constante)
Em La Plata - cidade próxima a Buenos Aires
Sabe aquilo que sempre te falaram de que não precisa trocar moeda e tudo mais. NÃO VALE MAIS! Nem todo restaurante aceita real e o câmbio costuma ser um lixo (abaixo do OFICIAL!!!)
E os preços nas lojas estão tão salgados quanto aqui no Brasil então não é um bom lugar para viajar para comprar.

1º dia:  Casa Rosada, Puente de La mujer, Obelisco, Teatro Cólon e Madero Tango 

Esse dia começou meio dia, logo os passeios ficaram restritos.

A visita guiada da Casa Rosada e o Teatro Cólon foram agendados pela internet, então tínhamos uma hora certa para chegar. Contudo, a ideia era irmos na Puente de La Mujer porque, é bem próxima a Casa Rosada, mas o horário que marcamos ficou muito apertado para irmos para o Teatro Cólon, então deixamos para depois.







A visita guiada da Casa Rosada é realizada em espanhol mas eu consegui compreender muito bem as informações. É prédio que ainda é utilizado até hoje pelo governo então existem áreas que os visitantes não podem entrar. A história do lugar é interessante e eu gostei de fazer mas não é um passeio que você PRECISA fazer. Se tiver pouco tempo e nunca tiver ido a Buenos Aires é dispensável.



Dali nós corremos para o Teatro Cólon, que é relativamente perto, mas nós não tínhamos almoçado ainda e tínhamos que fechar o tango para a mesma noite. Então o troço acabou sendo corrido e não paramos no Obelisco para bater foto nesse dia.





A visita ao Teatro Cólon foi interessante e eu até recomendo para quem curte esse tipo de prédio. O interior do prédio é lindo demais e as informações dadas pelo guia eram muito legais também.  Contudo, o melhor do prédio nós não vimos porque estavam realizando testes de luzes de tudo mais então tudo que nós vimos foi o palco e camarotes no escuro :p



















A visita guiada aqui no Teatro Cólon é paga e custa 250 pesos por pessoa. Se você estiver com a grana apertada... faça outros passeios porque existem outros pontos turísticos mais importantes de serem vistos para o turista que esta em Buenos Aires pela primeira vez.

Após a visita nós corremos para outro lugar da cidade para pegar ingressos para um show de rock (que fomos na noite seguinte) e depois corremos de novo para o hostel para tomar banho e estarmos prontos as 20h - horário que a van do tango iria nos buscar.

O Madero Tango é um dos tangos mais recomendados em Buenos Aires e disponibiliza ingressos isolados, ingresso com jantar executivo, ingresso com jantar vip e um super vip que eu nem vi o preço porque não considerei.


O show é maravilhoso e eu gostei muito também do jantar, contudo nós compramos o VIP - algo que eu NÃO RECOMENDO porque não compensa. A propagando do VIP que fizeram para gente - aula de tango, bebida liberada e mesa individual para o casal - foi mais do que enganosa porque a aula de tango era muito fajuta, quando pedimos a 2a garrafa de vinho ela não veio e quando renovamos o pedido desta a garçonete disse que não podíamos mais fazer pedidos porque a cozinha tinha fechado. ¬¬ Sobre a mesa individual, vejam a foto sobre como foi realmente e tirem suas conclusões.
O custo para o casal na área vip foi de 550 reais, na area normal (em mesas redondas) sairia 400 reais o casal.

Logo, peguem a área normal que vocês tem direito a 1 garrafa de vinho (o suficiente, vocês devem concordar), o jantar só tem menos opções (você vai pedir o bife de chorizo mesmo).

Para ficar claro: eu RECOMENDO o Madero Tango na área executiva - show e jantar.

2º Dia: Jardim Botânico, Planetário, Floralis Genérica, Museu participativo de Ciências, Feirinha da Recoleta, Cemitério da Recoleta e show da banda Rhapsody. 

Esse dia as primeiras atividades não deram certo porque nós não acordamos :p Eu estava muito cansada (leia-se ressaca) e não deu.

Começamos o dia almoçando em um restaurante muito gostoso (e com preço bom)  chamado Cumana (Rodríguez Peña 1149, Cdad. Autónoma de Buenos Aires, Argentina). Nós comemos uma empanada cada um, daniel pegou uma massa au funghi e eu peguei um cozido muito bom. De bebida uma limonada com gengibre deliciosa. A refeição toda custou 410 pesos (com propina, vulgo gorjeta). Para a qualidade da comida e quantidade valeu SUPER a pena. 

De lá fomos a pé passeando pelo bairro até o parque Carlos Thay onde o Google diz que esta a Floralis Genérica mas... não é ali :p para não ficar o tempo perdido batemos foto com o torso com o menos pênis ja visto hauhauhauauha 

Fomos a pé até o parque correto que o Plaza de Las Naciones Unidas, passando pela Facultad de Derecho, e vimos a Floralis Genérica. 




Relaxamos um pouco até que começou a chuviscar e tivemos que dar uma apertada no passo até a Feirinha da Recoleta, que é montada atras do Museu Participativo. Feirinha boa mas com preços salgados - isso quer dizer que comprar uma lembrancinha nesse lugar pode sair mais do que você estava esperando (nivel: caneca decorativa saindo a 30 reais...) 

O Museu Participativo de Ciências foi uma surpresa. Eu não queria ir embora sem passar em cada estação. É direcionado para adultos mas nós adoramos. O foco dele é explicar na pratica varias coisas que aprendemos no colégio como física, matemática, ciências. 

E foi uma surpresa que levou muito mais tempo do que nós tínhamos disponível e quando saímos o cemitério da recoleta já estava fechado. 




Dali fomos direto para o show do Rhapsody, que foi ótimo e levemente emocionante (porque o bairro não emanava qualquer segurança hahahahah) mas deu tudo certo. 




3º Dia: Jardim Botânico, Planetário, Jardim Japonês, Cemitério da Recoleta, Obelisco e ida para Bariloche. 

Pessoal que planeja viagens tome SEMPRE cuidado em relação aos dias em que as atrações que você quer visitar estão fechadas porque NORMALMENTE elas não abrem nas Segundas. Resultado: demos com nariz na porta tanto no planetário quanto nos jardins. 

Paciência. Fomos no Cemitério da Recoleta (porque tava no plano e tudo mais) e almoçamos (pessimamente) em um restaurante nos arredores. 

Sobre o cemitério = de fato é interessante pela arquitetura e dedicação aos mortos. É cada mausóleo mais bonito que o outro. Contudo, tem MILHÕES de coisas para se ver em Buenos Aires. Esse passeio só deve ser feito (tipo, dedicação de ir a Recoleta só para isso) se você estiver que nem nós: numa segunda feira chuvosa em Buenos Aires em que nada mais abre.  


# ALERTA! Não faça refeições (por mais fome que você tenha) em restaurantes muito próximos a atrações turisticas porque, além e ser caro, a comida costuma não ser nem típica nem boa. 

Dalí, nós tinhamos pouco tempo e só dava tempo de andar um pouco na 9 de Julio, bater foto no Obelisco, e ir pro hostel pegar a bagagem pra ir pro aeroporto. 

Para constar: nosso roteiro foi baseado na experiencia de 2 pessoas que já conheciam Buenos Aires e estavam fazendo coisas que não fizeram nas primeiras viagens. 

Além disso, em razão do nosso cansaço, os dias tiveram que ser alterados e acabaram não casando. Se o cronograma tivesse dado certo, as atividades de segunda feira seriam outras, como o ônibus turistico de Buenos Aires que dá uma visão geral de tudo e te permite só descer onde você quer.    

Logo, um dia desse a gente acaba batendo em Buenos Aires de novo :p 

Até! 



segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Livros viajantes: Fahrenheit 451

Olá!




Atrasado esse post mas foi impossível ter tempo para escrevê-lo antes.

O livro dessa rodada do nosso grupo de leitura "Livros Viajantes" foi este e admito que tive dificuldade para ler ele. Primeiro, porque eu andava muito cansada e atarefada e isto se somou a segunda razão (e a que importa) que é o ritmo lento que a história se desenvolve no inicio. 

Lógico que eu entendo que ao sermos apresentados a uma realidade diferente da nossa (imagina na dec. 50 quando o livro foi escrito, exige aquele excesso de descrições para que o leitor entenda como é a sociedade e o mundo. Contudo, não sei se era a forma de escrever do autor, mas eu realmente achava tudo muito chato. Mesmo a ideia geral "de que os bombeiros não mais apagavam fogo mas provocavam ele" não conseguiu me captar no inicio da história. 

Mas essa é a essência do livro. A sociedade  é insossa e vazia e alienada, logo o personagem principal é chato e vazio e insosso até que a história se desenvolva. 

É inegável que é um livro muito interessante, principalmente quando consideramos que foi escrito há 50 anos e continua tendo uma crítica aplicável a nós (e a tendência alienante para o futuro) e eu achei agradável a leitura do meio para o final. Contudo, não é um livro que eu classificaria como "bom" mas como "útil". 

É um livro que proporciona reflexão então é fabuloso para adolescentes ler um livro desses e se tornar um adulto que reflete - e justamente não concretiza o futuro nefasto previsto pelo livro xD. Agora, como leitura por prazer, para mim deixou a desejar. Os diálogos são chato (lembre-se, personagens chatos) e a condução da história mesmo não é a das mais emocionantes. 

Enfim, recomendo (à título de reflexão) e não recomendo se a proposta de leitura for divertimento. 

E ai? Essa rodada dos livros viajantes esta quase no fim!! 

Falta apenas mais 1 livro dos meus amigos e o livro que eu escolhi, e esta sendo super bem comentado pelos meus amigos leitores, vir para minha mão, para eu ler e comentar. 

Até a próxima!!